28 setembro 2014

0

Momentos e Lições



Tem dias que acordamos e nos perguntamos o porquê da atitude de certas pessoas, quem nunca? É certo que nem sempre temos resposta para esclarecer essa dúvida, mas é inevitável esse assunto não entrar em nossa mente e misturar com outras confusões que acabam acumulando. Mas e daí? Devo me importar com atitudes de pessoas que nem sei se eu realmente conheço ? Me pergunto isso sempre, mas o que me faz responder de verdade é saber se aquilo vai mudar algo.

Tudo começou em um dia nervoso do primeiro dia de aula na nova escola. Meu sonho era ter uma mochila com rodinhas rosa, mas isso só veio acontecer na 5º série (6ºano) justamente quando resolvi sair de uma escolinha onde não havia ensino fundamental. Meu penteado favorito eram tranças, já que meu cabelo era super cacheado e inchado eu não me sentia bem em usá-lo solto e minha mãe não conhecia produtos para abaixar o volume a não ser creme. Bom, quando entrei na sala em que definitivamente eu não conhecia ninguém, todos me olharam de um jeito estranho e não contive as lágrimas depois de comentários ofensivos que ouvi pelo corredor sobre o meu jeito.

Me apresentei em meio a uma sala com vinte alunos e me sentei perto de duas meninas que por coincidência também haviam comentado sobre mim mas que viraram minhas melhores amigas. Sabe aquela pessoa que mudava pelos outros? Sim, era eu. Quando cheguei em casa nada feliz para contar sobre o meu primeiro dia de aula, a primeira coisa que fiz foi procurar uma nova bolsa e mudar meu penteado. Enfim, os meses foram se passando e tive que me adaptar a certos tipos de criticas e comentários mesmo depois de ter tentado parecer uma garota normal como todos.

Meus pais sempre me ensinaram a valorizar o que tive, mesmo sendo o pouco que eu achava que era. Eles trabalhavam muito, e consequentemente a atenção voltava apenas para seus objetivos, meus deveres eu tinha que me virar para resolver mesmo não tendo internet em casa, eles só se importavam com o meu desempenho no resultado do final de ano. Minhas irmãs também eram assim, elas tinham que se importar com si mesma e nunca tinham tempo de me ensinar algo. A "ausência" dos meus pais em certos momentos me ajudou e me ajuda até hoje, a ser uma pessoa independente e saber valorizar cada coisa e cada momento, Obrigada!

Nenhum comentário:

Postar um comentário